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A minha prática clínica e psiquiátrica não é meramente uma ciência. Em boa verdade, transcende em grande medida a posição racional-dedutiva e as respostas sempre inacabadas próprias dos caminhos em construção. Bem pelo contrário, ser-lhe-á oferecido um "setting" próprio para obter em vez de respostas, perguntas... diria "as perguntas", as que são fundamentais. Por isso, chamo ao quadro terapêutico "um quadro de liberdade". De facto, a doença mental encerra em si, para além do sofrimento sintomático (do doente e dos seus familiares), e de toda a pletora de sintomas conhecidos que fazem intimamente parte de cada um e de cada história, habitualmente com momentos de grande heroicidade), uma notável perda de liberdade. Não falo da liberdade política (seja lá o que isso for), da liberdade no sentido mundano, trivial (ou até profano), mas da liberdade no sentido da espontaneidade, do momento novo (no sentido Husserliano), da ausência de formas para um viço novo no emparedamento que enforma a doença e o sofrimento mental. A alma humana é, pois, o terreno fértil para a sementeira do Verbo.

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